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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Partir. tristes exitus.


Sim, agora sei que ela se foi.

Sabe aquela dor na impotência de "ser" humano?
Pois é, isso dói. Dói tanto que duvidamos, ou trazemos à tona o que questionamos no ínfimo.
Por que merecer uma dor, para aqueles que nem sabem definir tal palavra? Qual é o significado disso tudo?
Eu sou tão fraco, agora sim eu percebo. Questionar igual a todos e não ter uma resposta minha.

Desde pequeno, tenho aquela esperança de que nada é de verdade, que acabariam todos rindo de mim. Era reconfortante. Porém, agora sei que ela se foi. Todos confirmam e o sorriso que eu esperava, dilui-se em água, e a gargalhada em prantos.


"Vontade de Deus!".
"Agora ela está melhor!".
"Descansou!".

Enfim, é toda vez isso, e sempre teremos isso.
Generalizar o inexplicável. Faz bem e alivia a todos.

Não estou aqui para criticar tal fato, mas para levar adiante a minha impotência.

Sou feito de Carnes, ossos, e fragilidade. Sem créditos, com medos.
Não nasci de dons, nem muito menos capacidades extras. Me formei em consequências, em reproduções de mim mesmo. Sou fotocópias falhas do que já fui, com alterações toscas. Produzi a minha história e sou produzido por ela. Sou contradição.

Sim. Agora eu sei que ela se foi.

Me resta apenas lembrá-la, e vencendo todas as dúvidas, imaginá-la com um anjo. Liberta de tudo, sendo o que sempre foi.

Isis,

Você falou mais e melhor do que qualquer ser humano, sem palavras e nem gestos. você exalava e concretizava o sentimento do amor, tornando um sentimento palpável e acessível. Te amaremos como nos ensinou em seu silêncio!

sábado, 2 de outubro de 2010

Juro que queria saber escrever. Saber compilar todos esses códigos que circulam a minha cabeça. Descrever as minhas verdades. Saber como eu sei. As palavras me confundem demais, chego a ficar ébrio delas. Quero entender o porquê de minhas limitações, mas as letras não procuram a sua companhia.
Pareço ser apenas atos. Atos inatos e brutos. Sou instinto, impulsos convulsivos. Afinal, acidente não é o que eu sou?

quinta-feira, 15 de julho de 2010











Menina.

Percebe a noite em meio aos devaneios

Procura algum sentido no acaso do agora

Grande menina

Sonhadora insone,

Diante da madrugada, se depara com as horas. Para. Pensa...

Afinal estará no ontem ou em uma nova aurora?

Doce menina,

Nada é estranho para ela.

Consumista de detalhes, destruidora de rótulos,

Tudo é valido.

Rabisca a própria face, pinta o nariz, se busca entre todos.

Encara as vidas alheias e guarda-as em si

Despeja com palavras seus próprios retalhos,

Se espalha diante as pessoas que ama.

E a menina ama.

Bruno Léus

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010


Sentado em meu quarto, no calor. É carnaval!!!



domingo, 14 de fevereiro de 2010

"Sonhidão".

















"
Acho que sorte é produto do pensamento, do sonho.
Eu acho que o pensamento é uma forma de ação às vezes mais eficaz do que a fala.
Porque a fala é pervertida demais. A gente fala pra tudo.
A maior parte do dia, a gente passa falando qualquer coisa ou jogando conversa fora.
E aí tem uns momentos de iluminação, de franqueza.
Mas o pensamento é uma conversa interna, a gente é muito mais franco e muito mais contundente no pensamento.
Então, eu só tenho a opção de acreditar que o pensamento tem um poder de ação muito incrível. E que o sonho, no sentido mais amplo, no sentido do desejo, no sentido do afeto e no sentido literal do sonho, de dormir e sonhar, eu só posso acreditar que isso tenha um papel fundamental na construção do destino, ou seja, no caos, no acaso."


Paraquedas ao contrário.

Somos apenas cata-ventos, sonhando encontrar cataclismas!